segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Associação de Amigos da ENFF rebate matéria da Folha

29 de novembro de 2010 Da Página do MST

Leia abaixo nota da Associação dos Amigos da ENFF sobre reportagem publicada neste domingo na Folha de S. Paulo:
NOTA DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA ENFF
No dia 28 de novembro, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem de autoria de José Ernesto Credendio, segundo a qual a Escola Nacional Florestan Fernandes estaria passando por uma “crise financeira”, a qual seria motivada por “restrições impostas aos repasses do governo federal para o movimento”.
Diante do exposto, a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes vem a público para esclarecer os fatos e desfazer uma série imensa de equívocos, incrivelmente reproduzidos em tão poucas linhas.
1. A ENFF, desde a sua origem, nunca dependeu de recursos federais, embora seja essa uma demanda legítima, dado que ela é resultado do esforço concentrado e da mobilização de milhares de cidadãos brasileiros: trabalhadores, trabalhadoras e jovens que aspiram construir um centro de estudos e pesquisas identificado com as necessidades mais prementes dos povos do Brasil, da América Latina e de todo o mundo.
2. Como a própria reportagem esclarece, aliás em total contradição com o afirmado anteriormente, os recursos para a construção da escola foram fornecidos “pela União Europeia, pelo MST e pelas ONGs cristãs Caritas (Alemanha) e Frères Des Hommes (França)”, além de ter contado com recursos assegurados por campanhas com apoio de Chico Buarque, José Saramago e Sebastião Salgado.”
E mais ainda: a reportagem omite o fato de que a construção da escola, concluída no ano 2005, contou com o trabalho voluntário de cerca de 1.100 brasileiros e brasileiras que entenderam a necessidade premente de uma escola dessa natureza, oriundos e oriundas das mais variadas categorias profissionais e de movimentos sociais. Seus cursos sempre foram ministrados em caráter voluntário, espontâneo e benévolo por mais de seiscentos renomados intelectuais e professores universitários brasileiros e internacionais,
3. Finalmente, a escola não passa por uma “crise financeira”, como afirma a reportagem, simplesmente por não se tratar de um banco, nem de empresa privada. Sofre, é verdade, carência de recursos econômicos para desenvolver os seus projetos, como sofrem dezenas de milhares de escolas públicas brasileiras e toda e qualquer instituição autônoma, independente e identificada com a luta de nosso povo.
4.Precisamente porque a Escola Nacional Florestan Fernandes não depende de recursos federais, mas confia na capacidade do povo brasileiro de manter o seu funcionamento autônomo, soberano e independente, criou-se a Associação dos Amigos da ENFF, no início de 2010.
As campanhas promovidas pela Associação não têm apenas o objetivo de angariar fundos: elas também contribuem para promover o debate sobre a necessidade de que o povo brasileiro construa os seus próprios centros de educação e pesquisa, até para aprimorar sua capacidade de defender-se de ataques insidiosos promovidos com frequência pela mídia patronal, pelos centros universitários que reproduzem as fábulas das classes dominantes e por intelectuais e jornalistas pagos para distorcer os fatos.
Associação dos Amigos da ENFF

Não é sobre drogas. É sobre território e armas

Não é sobre drogas. É sobre território e armas, estúpido (Por Paulo Henrique Amorim)

 

Uma conversa com o excelente policial delegado Beltrame neste sábado à tarde, na Secretaria de Segurança, no prédio da Central do Brasil, no Rio, deixa muito claro o que está por trás da vitoriosa estratégia dele.

Ele combate o tráfico de drogas, sim.

Mas, isso é secundário.

Sempre haverá consumo de drogas e sempre haverá uma forma ilícita de atender a esse consumo.

O problema do Rio, diz Beltrame, é que uma parte do território nacional – o complexo do Alemão – não podia ficar mais sob o controle do terror e da ditadura dos traficantes.

Não se pode imaginar que o Estado brasileiro entrasse ou controlasse a integridade de seu território – menos o complexo do Alemão.

Trata-se de uma questão de Segurança Nacional, que transcende os hábitos dos mauricinhos da classe média.

Leia na integra em Conversa Afiada


sábado, 27 de novembro de 2010

Sou Classe Média... oportuno ao momento do Rio...

Guerra urbana no Rio de Janeiro

A invasão das favelas do Rio de Janeiro pelas forças do Estado é necessária, pois não se pode admitir que a criminalidade submeta toda a população que ali vive.

Obviamente que isso não tira a responsabilidade estatal pela vida dos moradores que nada têm a ver com o crime.

Espero que após a retomada do território sejam implantados mais programas de inclusão social para que a paz não seja mantida eternamente pelas armas.

Acabar com as drogas é impossível.

Acabar com o tráfico é possível.

Legalização das drogas é a única maneira de acabar com o tráfico.

Legalização não é o mesmo que liberação.  

Nunca experimentei nenhuma droga ilegal, não estou defendendo causa própria.

O legado do Gilmar Mendes





Charge do Bessinha
Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/11/27/bomba-bomba-bessinha-achou-a-heranca-do-gilmar/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desemprego em outubro fica em 6,1%, o menor desde 2002, diz IBGE

Nem o PIG pode negar, veja matéria no G1.com

Recomenda-se estudar a História


Não faz sentido comparar Dilma Rousseff ao general Eurico Gaspar Dutra
No dia seguinte à eleição de Dilma Rousseff, jornais de todo o Brasil começaram a especular sobre o retorno de Lula em 2014, alguns, inclusive, na manchete principal. Dentro da mesma expectativa, não foi completamente surpreendente que alguns colunistas tivessem sugerido um paralelo entre Dilma e o general Eurico Gaspar Dutra, que governou o Brasil no intervalo entre os dois perío-dos de Vargas. Enfim, muitas vezes o próprio Lula foi comparado a Vargas.
Dilma, assim como Dutra, teria sido eleita para uma espécie de mandato-tampão. Dilma, assim como Dutra, seria uma escolha pessoal do antigo governante, comprometida a manter as mesmas políticas sociais e econômicas. Dilma, assim como Dutra, seria marcada pela ausência de carisma e de definição política própria, o tipo ideal para apenas esquentar a cadeira para a volta do verdadeiro mandatário.

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Papa demite bispo Dilmista

O papa aceitou a renúncia apresentada pelo bispo de Caçador-SC, Luiz Carlos Eccel

A renúncia se deu com base no artigo 401, parágrafo 2, do Código de Direito Canônico que admite renúncia por motivos de saúde ou por outra causa grave.

O bispo foi um dos poucos prelados conscientes de sua responsabilidade evangélica que apoiaram Dilma.

Ele tem só 58 anos e ao que parece boa saúde.

Resta saber se ele renunciou ou se renunciaram ele.

Certamente continuará sendo um cristão muito autêntico, talvez mais ainda.

Leia mais em:

Conversa Afiada

Luis Nassif

domingo, 21 de novembro de 2010

Trabalho escravo no século XXI. SC é o 3° Estado

Engana-se quem pensa que trabalho escravo no Brasil se concentra no norte do País, Goiás e MG. Santa Catarina é o terceiro Estado em número de trabalha­dores libertados de trabalho em condições análogas à de escravo em 2010. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, até 17 de setembro, fo­ram libertados 228 trabalhado­res em solo catarinense. Somen­te Goiás, com 343, e Pará, com 338, tiveram número superior.
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Senadora Ideli Salvati e Magno Malta reagem contra preconceito da RBS




Parte 2


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Juntando os cacos

Juntando os cacos

Frei Betto

Campanha eleitoral, apurado o resultado das urnas, funciona como abalo sísmico: súbito, o que era findou, a estrutura política se encontra alterada e o que será ainda não se firmou (o que só ocorrerá após 1o de janeiro de 2011). Deveria existir uma psicanálise do poder, à qual Shakespeare e Machado de Assis dariam excelentes contribuições. Talvez exista. Eu é que, em minha sobeja ignorância, não a conheço. [...] Continue lendo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

As eleições e o preconceito contra o Nordeste

Acesse no site da Carta Capital

As eleições e o preconceito contra o Nordeste

Xenofobia

A elite mostra sua cara xenófoba e preconceituosa...

Ninguém questionava o voto nordestino quando ele elegia, Tasso Jerenssati, Heráclito Fortes, Mão Santa, Antonio Carlos Magalhães etc...

Onde a juventude aprende tanto preconceito? Com seus pais...

Veja o vídeo


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Comparação entre FHC e Lula

Bronca de Fátima em Bonner entrevista Dilma (1:22)

Nem a Fátima aguentou o estorvo

Maior deslíze da midia, segundo o R7


Derrotados da Eleição

Do Blog do Provocador 

Venceram Dilma e a democracia brasileira


A vitória de Dilma representa grande avanço para a democracia brasileira. Dilma, candidata da coligação encabeçada pelo PT, apoiada pela presidente Lula, foi e continua sendo menosprezada pela grande imprensa nacional. A presidente eleita foi caracterizada como uma candidata inventada pelo presidente Lula, quase como uma fantoche. Esse discurso foi fortemente utilizado pelo candidato José Serra, que tentou o tempo todo desqualificar a biografia de Dilma.
Neste segundo turno, mais do que dois candidatos, estavam em disputa dois projetos políticos bastante distintos, um ligado ao governo Lula, ao PT e a justiça social e o outro ligado ao governo de FHC, ao PSBD, à desigualdade e ao neoliberalismo. Obviamente essas definições são muito simplistas, mas estes são alguns dos rótulos aos quais se podem relacionar cada um desses projetos. É possível dizer que o governo Lula e o futuro governo Dilma se alicerçam em uma aliança de centro-esquerda, enquanto o governo de FHC e a proposta derrotada de Serra se relacionam a uma aliança de centro-direita. Lula tem aprovação de mais de 80% da população, FHC terminou seu governo com índice de aprovação não superior a 30%. É evidente que o projeto representado pelo atual governo tem a preferência da maioria da população.
Serra representou a centro-direita, teve apoio das alas mais conservadoras da sociedade, muitas delas apoiadoras da ditadura militar brasileira, fez uma campanha baseada na desqualificação da adversária e evitou a todo custo associar-se ao projeto político que representava, desviou a campanha de assuntos centrais e investiu no personalismo apostando em sua própria biografia política. É fácil entender o motivo de tal ocultamento, associar-se a um projeto impopular seria provavelmente entregar a eleição. Entretanto, a estratégia de uma campanha personalista não poderia funcionar para um candidato apático e desacreditado pela constante quebra de compromissos assumidos. Aliás, dependo do adversário, um candidato com esse perfil provavelmente não seria eleito nem mesmo se fosse apoiado por Lula.
Dilma ganhou por três razões, sem dúvida o apoio do presidente Lula teve grandiosa importância, Lula consagrou-se como o maior líder popular do Brasil, seu apoio ajudaria na eleição de qualquer pessoa. Isso, no entanto, não significa que ele elegeria a qualquer um. A segunda razão da eleição de Dilma é sua própria biografia, sua história, seu perfil, sua competência e comprometimento. O segundo turno oportunizou à Dilma se apresentar melhor e adquirir a confiança da população. A inexperiência de Dilma em cargos eletivos foi o tempo todo apresentada como negativa, no entanto, não poucas vezes, vemos a própria imprensa e a população se queixando dos políticos profissionais, talvez isso tenha dado votos à candidata, antes de lhe tirar, como pretendia a campanha de Serra. A terceira e mais importante razão da eleição de Dilma foi a opção da população pela continuidade, foi a opção por um projeto político.    
Antes que me censurem, sei que, aparentemente, a maioria dos partidos políticos não têm mais uma identidade político-ideológica muito clara, apesar disso, não se pode negar que os partidos ainda estão ligados a determinadas ideologias, e embora isso nem sempre fique claro, nessas eleições se pôde constatar claramente os antagonismos ideológicos entre os principais partidos do país.
A vitória foi de Lula, foi de Dilma, mas foi, sobretudo, do projeto político que eles representam. Votar em projetos políticos, mais do que em pessoas, é um grande avanço para o processo político democrático brasileiro. A união da maioria das forças de esquerda em torno da candidatura de Dilma foi representativa nesse sentido. Além de tudo, o fato de Dilma ser uma mulher tem um valor inestimável e representa mais um passo no caminho da construção da igualdade entre gêneros no Brasil.