A reportagem do Fantástico deu visibilidade a um antigo problema dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, principalmente dos Kaiowá e dos Guarani.
Infelizmente, como era de se esperar, a Globo não tocou de maneira clara na ferida aberta que é a falta das demarcações das Terras Indígenas em Mato Grosso do Sul.
É sabido por todos que entre o século XIX e até a década de 1970, com ajuda e/ou omissão do Estado brasileiro e do Estado de Mato Grosso, os Kaiowá e os Guarani sofreram um dos maiores esbulhos territoriais já registrados no Brasil.
Todos os problemas desses povos, inclusive o das drogas e a violência, estão diretamente ligados à falta de terras para que possam viver com bem-estar, garantindo sua sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, conforme previsto no art. 231 da CF de 1988.
O art. 67 da CF de 1988, determinava que a União demarcasse as terras indígenas em no máximo cinco anos, até hoje isso não foi concluido em Mato Grosso do Sul.
A solução dos problemas dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul só será possível quando houver terras na quantidade necessária para que todos vivam conforme suas tradicições.
O assitencialismo dos governos estadual e federal é necessário para o momento, mas não passa de paliativo. Quem realmente se importa com os povos indígenas defende as demarcações para já.
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